PROFISSIONALIZAÇÃO DO SETOR - ONG'S
O
Terceiro Setor notavelmente vem crescendo e desenvolvendo-se em todo o mundo.
No Brasil, especialmente nos anos 90, as organizações não governamentais
firmaram expansão.
Em conseqüência, a demanda por conhecimentos específicos do setor
aumentou e com ela surgiu a discussão sobre a necessidade de profissionalizar o
Terceiro Setor. Para muitos, a profissionalização do Setor é indispensável, mas
para outros ela não necessariamente significa um ganho para as entidades
não-governamentais.
Os que defendem a profissionalização entendem ser este o caminho para
organizar e projetar o desenvolvimento do Terceiro Setor, destacando que as
ONG’s, cada vez mais, contratam profissionais para o desempenho de funções
estratégicas, como serviços jurídicos e contábeis, captação de recursos,
comunicação e gestão de projetos, objetivando, principalmente, auxílios
privados para a manutenção de suas finalidades.
Já os que questionam a profissionalização esclarecem que ONG’s não são
empresas e, desta forma, não necessariamente devem utilizar como exemplo os
mecanismos e estratégias de desenvolvimento destas últimas.
A quem assiste melhor razão?
Um contato mais próximo com o Terceiro Setor permite observar que a
infinidade de informações disponibilizadas, especialmente na Internet, e a
carência de suporte jurídico, contábil, de gestão, comunicação etc
especializados promove dúvidas àqueles que intentam participar do Setor e aos
dirigentes de entidades que já o integram.
Diante de tantas informações, nem sempre as ONG’s, que não contam com
profissionais especializados para orientá-las, conseguem definir qual o caminho
certo a seguir e acabam constituindo-se de forma irregular, deixando de
recolher tributos que deveriam ser recolhidos, gerindo com deficiência os
recursos etc, o que promove seu encerramento precoce, razão pela qual cremos
ser a profissionalização uma tendência necessária a ser seguida pelas entidades
do Terceiro Setor.
Por outro lado, há ONG’s que indiscriminadamente, sem prévia avaliação
de recursos e objetivos, contratam profissionais do mercado e, de igual forma,
sucumbem, em alguns casos, desligando-se dos fins para os quais foram criadas,
afastando-se da sua rede primária de atuação e, sob este aspecto, não se pode
negar que a contratação desmedida de profissionais especializados pode afetar o
crescimento e a própria existência de entidades.
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